sexta-feira, 2 de outubro de 2009

CHICO XAVIER: OS MISTÉRIOS DAS FILMAGENS





As gravações do filme sobre a vida do médium Chico Xavier foram marcadas por vários casos que, certamente, são uma história a parte. As filmagens tiveram uma uma atriz vendo o médium, figurante incorporando um espírito e outros mistérios, como a chuva que parava misteriosamente a cada novo dia de gravação. Nelson Xavier, ator que interpreta o papel principal, conta que sua ligação com Chico foi muito além do sobrenome igual.




"Eu senti a presença dele o tempo todo. Foi o único personagem que eu pedi para fazer e, hoje, acredito em tudo o que ele disse e viveu. Cada vez que penso nele me comovo - disse Nelson, se emocionando novamente". O ator lembra que, há muitos anos, estava num churrasco quando um rapaz sentou ao seu lado e perguntou se eu ia fazer o papel do espírita. "Eu disse que não. Aí ele me respondeu que um passarinho havia dito isso para ele e que ele era espírita. Esse foi um dos sinais mais significativos para mim - diz Nelson, que acredita que Chico o escolheu: - Ele me acompanhou durante todo o percurso".




Segundo a atriz Renata Imbriani, que participou das filmagens, Chico realmente estava perto de Nelson. Ela, que é kardecista, conta que viu o espírito do médium durante uma gravação. "Estava aguardando a minha vez de entrar em cena e o Nelson estava gravando. De repente, vi uma porta entreaberta de onde saiu uma luz muito grande. Era o Chico. Ele apoiou o braço direito do Nelson e ficou todo o tempo energizando ele. O incrível é que, quando ele toca o Nelson ele fica até com a fisionomia igual a do Chico", conta Renata que interpreta uma mulher que perdeu o filho.




Segundo a atriz Rosi Campos, o clima das filmagens foi marcado por uma emoção que parecia estar à flor da pele. "Todos que estavam no filme queriam muito estar lá. isso criou um clima muito especial nas filmagens. Você se apaixona pela pessoa que ele foi. Foi muito emocionante" .




O filme deve ser lançado em 2 de abril de 2010, quando o Chico faria 100 anos.




Emoção no jardim de Chico :

No último dia das gravações, Nelson Xavier teve uma crise de choro. Depois, foi para o jardim, sentou num banco e, talvez sem saber, faz o que Chico costumava fazer ali mesmo: apóia as mãos sobre as pernas e olha para o céu. "Essa cena foi emocionante. Era o jardim dele, as rosas dele".




Até o tempo deu uma forcinha :

Em Uberaba fazia um frio horrível e o diretor Daniel Filho disse para ninguém se preocupar porque no dia seguinte faria sol. Não deu outra. Fenômeno parecido aconteceu em São Paulo, quando chovia muito forte em toda a cidade. Só não caiu um pingo no local da filmagem.




Visita inesperada em reunião espírita :

Segundo o diretor, teve uma filmagem de uma reunião espírita, em que, de repente uma senhora recebeu uma entidade. "Paramos a filmagem e esperamos a senhora se recompor".




Pomba branca mostra o caminho:

A atriz Renata Imbriani conta que, antes de sair para gravar começou a rezar pedindo proteção. De repente, uma pomba branca entrou na casa e parou bem na frente dela. "Ela só foi embora quando eu saí. Pensei: estou no caminho certo. O tempo inteiro senti uma energia muito forte e tranquilizadora" .




FONTE: http://www.partidae chegada.com/

A Jardineira e o Estrangeiro

 



A Jardineira acreditava na bondade humana, até que um dia conheceu o mal e se encerrou no claustro de seu jardim iluminado.
Os portões ficavam devidamente trancados e seu jardim permanecia à salvo das crueldades do mundo.
Nem dor, nem felicidade, um mundo ideal, claro, exato, óbvio.
Mas o Estrangeiro chegou com lágrimas nos olhos e a compaixão tomou lugar no coração da Jardineira.
Os portões foram abertos e o Estrangeiro abrigou-se.
O Estrangeiro cativou o coração solitário e fecundo da Jardineira. Prometeu ajudá-la na ampliação de seu amado jardim.
E a Jardineira confiou seu jardim ao Estrangeiro. A promessa de um futuro promissor de felicidade sem fim embalou os sonhos daquele coração solitário.
E, antes que pudesse perceber, de um momento para o outro, as roseiras jaziam destruídas no solo pedregoso. Os jasmins ainda exalavam um perfume cálido e doce, mas nos extertores de sua delicada existência. E as hortênsias, esferas de luz matutina, pendiam esmigalhadas por mãos vorazes e cruéis.
A Jardineira não se conformava. Como pudera abrir os portões, antes cuidadosamente fechados e vigiados?
A promessa de uma felicidade suprema foi a causa de sua ruína. Por que não se contentara com o que tinha? Por que desejou mais do que poderia ter?
Os dias passaram e a Jardineira permaneceu prostrada em meio às pedras do jardim desnudo. Sentia-se infeliz e incapaz de recomeçar.
Num determinado momento daqueles dias infindáveis, notou nos primeiros raios da manhã que da terra pedregosa surgia a vida novamente. O caule carcomido da roseira sinalizava que nem tudo estava acabado.
Uma luz divina reaqueceu o coração gelado da Jardineira. Havia uma esperança para o seu adorado jardim.
A Jardineira respirou fundo e começou a trabalhar na terra. Recuperou mudas e as replantou. Começaria tudo de novo, agora mais precavida. Orando e vigiando sempre, com fé na Providência, acreditou novamente, mas de agora em diante não permitiria que a compaixão obscurecesse sua razão, nem que seus desejos pessoais sobrepujassem as necessidades daqueles que amava.

San Yorke

A PARTIDA





Demorei para escrever algo sobre este filme, mas há sempre tempo para isso.
A Partida (Okuribito, 2008) foi lançado em 2008 e ganhou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2009. Aqui no Brasil estreou em 5 de junho de 2009.
Direção: Yojiro Takita
Roteiro: Kindo Koyama
Elenco: Masahiro Motoki, Tsutomu Yamazaki, Ryoko Hirosue, Kazuko Yoshiyuki

Conta a estória de Daigo (Masahiro Motoki), um violoncelista que perde o emprego numa orquestra de Tóquio e decide voltar para o interior, ao lado da esposa, para a cidade onde cresceu. Lá, arruma um emprego que atrai o preconceito de muita gente: Daigo é encarregado de preparar os mortos para seus funerais.
Não é um processo químico como conhecemos. No Japão secular o trabalho de Daigo é como um ritual de higienizar, maquiar e vestir os corpos, diante da própria família em luto, de uma forma extremamente digna, cobrindo as partes íntimas do morto, para que não haja exposição de seu corpo.
O diretor Yôjirô Takita e o roteirista Kundo Koyama acertam no tom com que tratam da vida do jovem em conflito com perdas do seu passado, um órfão que perdeu a oportunidade de velar os seus e de repente aprende a velar os dos outros.
É um filme onde você ri das trapalhadas de Daigo, de sua inabilidade com os detalhes. Acompanha a evolução dele em seu trabalho, o aprendizado com o chefe na arte do trato com os mortos, tornando-se um hábil profissional.
Também nos mostra o preconceito que este tipo de profissional sofre, sendo que Daigo omitiu até de sua mulher o que fazia em seu emprego, como se fosse algo indigno e vergonhoso.
A cena final é muito linda, quando há o reconhecimento daquele trabalho digno.
Outro aspecto muito emocionante foi a tocante estória do abandono paterno. Daigo carregava a mágoa por ter sido abandonado pelo pai quando era menino.
Até neste aspecto o filme nos faz refletir sobre este tipo de drama. Os erros cometidos no passado nos tornam prisioneiros deles. A vergonha em admitir o erro, em pedir perdão impedem que as pessoas mudem o rumo de suas vidas.
No filme há também o exemplo de uma mulher, funcionária da funerária, que havia abandonado a família por uma  paixão que revelou-se infrutífera. A vergonha a impediu de procurar o filho. Vivia sozinha e amargurada.
Não sei ao certo o que me impediu de escrever antes algo sobre este filme. O impacto sobre mim foi grande, talvez por ter sentido certa identidade por Daigo, mesmo não tendo tido as mesmas experiências que ele. Algo me tocou, a dignidade daquela profissão, a vergonha, a ilusão e principalmente o estilo de vida japonês que me encanta.
Para quem não viu ainda está em cartaz e vale à pena.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Ler as primeiras linhas deste livro foi como adentrar um quarto escuro da minha inconsciência. Penetrar nos lúgubres meandros de mim mesma. Reconhecer em mim o que era desconhecido. E a cada carta que leio, penetro em minhas imperfeições disfarçadas e vislumbro uma luz que se liberta naquele cubículo de trevas, trazendo imagens de mim mesma refletidas nas paredes desnudas que me cercam. Naquele diálogo entre os dois filósofos percebo que a minha própria alma se revela e se liberta do monturo de suas ilusões. Mais uma luz se acende e não consigo encontrar de onde vem só sei que ilumina e aquece aquele quarto sombrio.
E a cada linha que leio, é como se um véu caísse à minha frente e trouxesse o reflexo de mim mesma naquelas palavras. E mais uma luz se acende. Nas imperfeições, dúvidas, angústias, alegrias e amores daqueles autores percebo que a sala não está mais vazia. Vultos se revelam no brilho das luzes que se avizinham. Não estou sozinha. E as cartas são trocadas sucessivamente. Os dois homens mostram suas fraquezas, suas certezas, suas dores, suas paixões. E outras luzes se acendem. E percebo que aquele quarto pequeno, antes vazio, escuro e frio, torna-se amplo, iluminado, quente e ocupado por dezenas de milhares de vultos silenciosos. Conforme as luzes se acendem, os seres tomam consciência uns dos outros, e compreendem que não estão sós em sua solidão.
E percebo a origem das luzes. Do peito de cada vulto, uma chama nasce e cresce. A cada palavra que dilacera, que esclarece, que compreende, a luz daquela chama cresce. E, ao atentar para cada ser vejo um pouco de mim mesma. Ali estou eu em milhares de pedaços dispersos que buscam uma unidade. E aquela chama que cresce em meu peito, na figura de cada um daqueles estranhos vultos torna-se una. Até que a sala transforma-se num imenso espaço cheio de luz e esperança e tomo consciência de mim naqueles seres dispersos. Num segundo somos um, uma única chama, um único coração batendo em uníssono.

domingo, 12 de julho de 2009

ANTES QUE O DIABO SAIBA QUE VOCÊ ESTÁ MORTO




Acabei de assistir um filme que me deixou uma sensação estranha na boca do estômago. Como se algo não descesse, como se o incômodo do enredo permanecesse nas minhas entranhas.
"Before the Devil Knows You're Dead", este é o título original do filme.
Conta a estória de um executivo viciado em drogas (Philip Seymour Hoffman) que convence o irmão (Ethan Hawke) a roubar a joalheria dos pais. Porém, durante o assalto, eles acidentalmente matam a própria mãe. Dirigido por Sidney Lumet (Um Dia de Cão) e com Albert Finney e Marisa Tomei no elenco.

Quem não assistiu é uma ótima indicação. Vale à pena ficar com esta sensação estranha.

domingo, 8 de fevereiro de 2009



Ontem assisti ao filme O Leitor (The Reader, 2008). Este acumula cinco indicações ao Oscar - Melhor Roteiro Adaptado (David Hare), Melhor Fotografia (Chris Menges, Roger Deakins), Melhor Atriz (Kate Winslet), Melhor Diretor (Stephen Daldry) e Melhor Filme.

Inspirado no romance homônimo, de Bernhard Schlink, o longa-metragem começa na Alemanha em reconstrução do pós-guerra. Michael Berg (David Kross) é um jovem de 15 anos que no caminho para casa passa mal e é ajudado por uma mulher, Hanna (Kate Winslett). No fim do seu período de convalescência, ele volta à casa dela para agradecer e os dois acabam juntos, na cama. O romance dura o verão e, sempre muito reclusa e até mesmo dura, Hanna só lhe pede uma coisa antes do sexo, que ele leia para ela. Daí o título do livro e do filme.

Quando - sem avisar - ela some sem deixar pistas, o garoto sofre e amadurece. Passam-se os anos e agora ele é um estudante de direito. Orientado por um dos seus professores ele e seus colegas vão acompanhar o processo de ex-oficiais da SS que estão sendo julgadas pela morte de prisioneiras judias. E sentimentos que ele achava que estavam no passado voltam para lhe assombrar.

Porém, mais do que o romance entre os dois, a obra tenta mostrar ao público o que foi ter nascido na Alemanha depois da Segunda Guerra Mundial, todas as discussões éticas que vêm dessa época e os traumas também. No caso da nossa história, a questão é: Michael deve intervir no caso e depor a favor de Hanna? Mas há ainda outra questão: ficar quieto durante o julgamento não é ser tão conivente como foram os alemães que sabiam o que era a fumaça preta que saía dos campos de concentração e nada faziam?

FONTE: http://www.omelete.com.br/cine/100017909.aspx


E o que eu achei do filme? Lindo, apaixonante, verdadeiro. Sempre fui aficcionada por histórias do holocausto, as dores, os terrores da guerra. Só por ser um filme que retrata aquele período da história moderna, já estaria lá no cinema. O fato de rever Kate Winslet, também seria uma boa desculpa. Já Ralph Fiennes, um dos meus atores prediletos, também me chamaria às salas escuras. Mas, quando li uma resenha falando do romance entre um garoto de 15 anos com uma mulher 20 anos mais velha, fiquei curiosa para saber até que ponto este relacionamento resistiria. E qual não foi minha surpresa, quando descobri que o amor pode ser para sempre, mesmo que nunca realizado em sua totalidade. E a falta dele pode deixar cicatrizes imensas, como deixou no jovem Michael. O primeiro amor realizado em sua plenitude o marcou por toda uma vida, tornando-o estéril para outros relacionamentos, infeliz e insatisfeito. Aquela mulher o havia marcado de tal forma que lhe era impossível viver sua própria e particular história de vida.
Até que ponto nos deixamos impressionar pelas experiências que vivemos, ou deixamos de viver? O que seria permitido e o que seria proibitivo? O amor é sempre possível? Sem limites?
Tenho uma série de questionamentos mas,acredito firmemente que o amor, quando real e verdadeiro, pode romper barreiras que nos pareçam intransponíveis. A diferença de idade é um ponto nevrálgico neste tipo de relacionamento. As vivências de cada um podem tornar impossível a realização do amor em sua plenitude. Mas, pode também tornar a relação mais rica, havendo uma troca de experiências que não seria possível entre pessoas que viveram na mesma época experiências semelhantes. Tudo depende dos dois seres humanos envolvidos e da vontade de continuarem este relacionamento.
Saí do cinema com uma convicção. O amor sempre pode existir, mas temos que ser corajosos para assumi-lo.
Quanto ao holocausto, nada pode me surpreender mais. Foram tantas as histórias contadas sobre aquele episódio histórico que não existem mais novidades. Não fiquei surpresa também com o fato de Hanna ser uma mulher capaz de amar e de odiar. Isto é normal em todo ser humano. Como alguém que amava a literatura (mesmo sendo incapaz de ler) poderia levar tantas outras mulheres à morte nos campos de extermínio? O mesmo eu diria do próprio Hitler, um homem sensível para as artes e os animais.
A resposta??? O ser humano é um complexo de identidades que convivem de uma forma ou de outra. Se para nós estas peculiaridades da personalidade nos parecem díspares, temos que fazer uma auto-análise. Somos todos partes de um todo particular. Temos em nós frações de nós mesmos que unidas formam nossa personalidade, mas que observadas separadamente, podem parecer absurdamente diferentes.
Portanto, não nos cabe julgar ninguém nem uma época de horror vivido por esta humanidade. A justiça foi e continua a ser feita.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

O Curioso Caso de Benjamin Button



Gostaria de falar agora sobre um filme que assisti ontem, que está em cartaz nos cinemas aqui de São Paulo, capital. O filme é “O curioso caso de Benjamin Button”.

Trata-se de um drama baseado no clássico conto homônimo escrito por F. Scott Fitzgerald nos anos de 1920, que conta a história de Benjamin Button, um homem que nasce um bebê velho - na New Orleans de 1918, quando a Primeira Guerra está chegando ao fim - e misteriosamente começa a rejuvenescer, passando a sofrer as bizarras consequências do fenômeno.

Quando percorremos as diversas comunidades para cinéfilos no Orkut, nos deparamos com opiniões bastante diversificadas. Muitos elogiam, achando o filme muito bom, o roteiro e as interpretações idem. Muitos outros pensam justamente o contrário. Incrível como existe este tipo de disparidade. O que tenho a dizer é que este filme me emocionou profundamente. Há várias lições que podem ser apreendidas neste filme: caridade, amor, honestidade, compaixão e por aí vai. Quando o bebê doente é deixado à porta de um asilo, seu destino de amor está selado. Encontra uma mãe postiça que o abriga junto aos demais moradores daquela casa de abandonados pela vida. E lá convive com pessoas semelhantes em termos de aparência. É um bebê velho que se torna uma criança velha, que se torna um jovem velho, que se torna um adulto adulto, que se torna um homem maduro jovem, que se torna um idoso adolescente, que se torna uma caquética criança. Se pensarmos na possibilidade real deste fenômeno de rejuvenescimento ocorrer, nos deparamos com questões absurdas. Se o menino Ben nasceu com organismo de um idoso, pode-se imaginar que todas as suas células estariam em estado de senescência. Assim, o lógico seria que nascesse com demência, situação comum aos idosos. A mente poderia ser jovem, mas o cérebro deveria ser velho. Com o passar do tempo, com o rejuvenescimento progressivo, aí sim suas células recuperariam energia para seus processos mais básicos, chegando ao estado de células jovens, todas elas, inclusive as nervosas. E o final do filme seria mais coerente com Ben jovem fisicamente, inclusive seus neurônios, mas com a experiência de um idoso. Tudo bem, ele não morreria no final? Poderia morrer sim, pois o fato de suas células ficarem cada vez mais jovens poderia levá-las a um estado de pré-divisão, pré-embrionário, o que levaria a um não crescimento, não multiplicação. Um organismo neste estado não seria capaz de se auto-sustentar e viver fora de um útero humano. Isto tornaria a sobrevivência impossível. E por isso, Benjamin Button também morreria no final. Tá, pode ser que não fosse um final de filme tão legal, mas, biologicamente falando, seria mais correto.

FICHA TÉCNICA:
Diretor: David Fincher
Roteirista(s): Eric Roth (1), Robin Swicord, F. Scott Fitzgerald
Elenco: Cate Blanchett, Julia Ormond, Faune A. Chambers, Elias Koteas, Donna DuPlantier, Jacob Wood¹, Earl Maddox, Ed Metzger, Jason Flemyng, Danny Vinson, David Jensen (2), Joeanna Sayler, Taraji P. Henson, Mahershalalhashbaz Ali, Fiona Hale

Estréia: 16.01.2009